Seção: Tutoriais Telefonia Celular

 

Banda para Telefonia Celular: Outras bandas e usos

 

Além das bandas padronizadas citadas, outras bandas e usos mais raros podem ser citados.

 

Banda de 450 MHz

 

Essa banda foi utilizada inicialmente na Europa para os primeiros sistemas celulares analógicos. Ainda hoje há sistemas celulares operando nesta banda na Escandinávia, por exemplo, com GSM adaptado (GSM 400) coexistindo com antigos sistemas analógicos de primeira geração na banda de 450 MHz (NMT). Há também uma proposta para uso rural de sistemas CDMA nesta banda.

 

GSM em 850 MHz

 

É tecnicamente viável, embora bem menos comum, que sistemas GSM operem nas bandas A e B e respectivas extensões. A operação na banda de 850 MHz apresenta algumas vantagens. Uma delas se refere à melhor penetração em edifícios, quando comparado com freqüências maiores.

 

A operadora pode usar maiores potências, o que no conjunto redunda num menor número de torres e antenas, aspecto importante quando há problemas com a comunidade na instalação de mais torres, bem como no aspecto redução de custos. A cobertura é mais consistente, pois as variações do sinal não menores durante movimentações do usuário.

 

Além disso, há a possibilidade de utilizar espectro relativo aos canais que estão sendo liberados devido à migração de tecnologias - de TDMA para GSM nas bandas 900 e 1800 MHz. Esses canais correspondem a licenças já adquiridas justificando assim a continuidade do investimento.

 

Há desvantagens, no entanto, a principal delas sendo relacionada aos terminais móveis. Esses terminais devem ser em princípio dual-mode (TDMA e GSM) e quadri-band, cobrindo 850, 900, 1800 e 1900 MHz. A oferta desses terminais é relativamente escassa. Outro problema é relacionado com cobertura (nova) e roaming.

 

Há sistemas GSM 850 operando no Canadá, no Panamá e nos EUA (duas grandes operadoras e algumas pequenas), além de diversos outros países da América Latina e inclusive no Brasil.

 

3G em 850 MHz

 

Da mesma forma que para operação GSM, já estão se tornando viáveis, inclusive no Brasil, sistemas 3G no padrão UMTS operando na banda de 850 MHz. Após entraves iniciais, esta viabilização de operação se concretizou após o anúncio pela Anatel, em 31/10/07, que as tecnologias 3G podem ser utilizadas em todas as faixas destinadas ao SMP, inclusive a de maior interesse, a faixa de 850 MHz. Há sobra de espectro nessa faixa, motivada pela migração para o GSM para as bandas de 900 e 1800 MHz, além das características favoráveis de cobertura proporcionadas.

 

Sistemas troncalizados

 

Sistemas troncalizados ou Trunking são sistemas de telefonia móvel que originariamente operavam na modalidade despacho (PTT) e que, com a evolução tecnológica e comercial, se tornaram sistemas de comunicação com características equivalentes à telefonia celular.

 

Os sistemas troncalizados não são a princípio abertos à correspondência pública, e sim voltados a atender às necessidades de comunicação de pessoas jurídicas ou grupos de pessoas, naturais ou jurídicas, caracterizados pela realização de atividade específica.

 

O serviço visa principalmente o mercado corporativo e apresenta algumas características como o “push-to-talk” que também começaram a ser incorporados aos sistemas celulares. No Brasil, o serviço é definido pela Anatel como SME – Serviço Móvel Especializado; em inglês a sigla utilizada é SMR (Specialized Mobile Radio). Para esse serviço, as faixas regulamentadas no Brasil pela Anatel são mostradas abaixo:

 

 

A tecnologia líder é a iDEN, que utiliza a técnica de acesso TDMA. Outras tecnologias são EDACS e LTR, de uso bem menos freqüente. No iDEN, são utilizados canais de 25 kHz de largura, que são compartilhados por até seis usuários.

 

Cada uma das bandas (A, B, C) tem capacidade para 200 canais de 25 kHz. Uma característica operacional marcante é o uso do push-to-talk (PTT), que simula a operação half-duplex dos transceptores rádio e permite uma ocupação extremamente eficiente da canalização disponível. Os aparelhos mais recentes incorporam diversas novas conquistas tecnológicas, como por exemplo, o GPS, entre outros.

 

Banda C

 

Existe certa confusão a respeito do que seja exatamente a banda C. Não existe uma atribuição cabal do que seja essa banda em termos de freqüências. Não é uma banda específica, como as já regulamentadas A, B, D, E, M, L, F, G, I e J. Trata-se, na verdade, de uma designação genérica, não regulamentada, para referência a qualquer banda de extensão.

 

Limite de banda por operadora

 

O limite máximo total por prestadora de SMP em uma mesma área geográfica é de 50 MHz, passando a 80 MHz quando esta operadora adquirir freqüências nas subfaixas de 1.900 e 2.100 MHz (F, G, H, I e J) e a 85 MHz quando também for adquirida uma subfaixa prevista para operação em TDD.