Atualizado em:
19/01/2006
Celular cresce 20,6 milhões e tem produção recorde em 2005
Atualizado em 25/01/06
Segundo dados da Anatel, o Brasil terminou 2005 com 86,2 milhões de celulares e uma densidade de 46,58 cel/100 hab (mais detalhes). O número de celulares cresceu 31,4% e as adições líquidas (novos clientes) em 2005 foram de 20,6 milhões de celulares, maior que os 19,2 milhões de 2004. As projeções do Teleco eram de que o Brasil terminaria 2005 como um número de celulares entre 85 e 88 milhões.
Segundo estimativa da Abinee o Brasil produziu 65 milhões de telefones celulares m 2005 (Estimativa inicial era de 60 milhões), quantidade 54,7% maior que a produzida em 2004. (Mais Detalhes)

Nota: Produção de telefones em 2005 foi revisada para 65 milhões pela Abinee
As exportações de celulares cresceram 271% em 2005 atingindo a marca de 32,9 milhões de telefones celulares ou US$ 2,4 Bilhões FOB. (Mais detalhes)
A fabricação de telefones celulares no Brasil está concentrada na Zona Franca de Manaus (Nokia, Samsung, Siemens, Gradiente, Vitelcom e Evadin) e em São Paulo (Motorola, Sony Ericsson, LG, Telemática e Kyocera). A Zona Franca de Manaus produziu 33 milhões de telefones celulares e exportou 14,7 milhões no acumulado de janeiro a novembro de 2005 (Suframa).
Apesar de existirem 31 fabricantes com celulares homologados para operar no Brasil (Mais detalhes) os 2 principais (Motorola e Nokia) foram responsáveis por 80% das exportações.
A tabela a seguir apresenta os principais destinos das exportações brasileiras de telefones celulares em 2005:
Milhões |
Quantidade |
US$ FOB |
US |
9,8 |
790 |
Argentina |
7,5 |
566 |
União Européia |
4,1 |
189 |
Colômbia |
3,1 |
166 |
Venezuela |
3,0 |
326 |
Chile |
1,7 |
152 |
Ásia |
0,9 |
35 |
Peru |
0,8 |
63 |
Equador |
0,4 |
29 |
Uruguai |
0,4 |
25 |
América Central |
0,3 |
18 |
Caribe |
0,3 |
17 |
Outros países |
0,6 |
30 |
Total Terminais portáteis |
32,9 |
2.406 |
O Brasil consolidou-se como um dos polos de produção de telefones celulares no mundo sendo responsável por 7,4% da produção mundial. Segundo dados da ISuppli Corp a produção mundial de telefones celulares em 2005 foi de 810 milhões de unidades (Vendor shipments).
A Nokia é a lider de mercado a nível mundial com 32% de market share, seguida pela Motorola (18,6%), Samsung (12,9%), LG (7,4%) e Sony Ericsson (6,6%). (Fonte: IDC - 3T05)
Mercado Local
O mercado brasileiro absorveu em 2005 um total de 31,6 milhões de telefones celulares, sendo 4,5 milhões importados e 27,1 milhões produzidos no país. Estes telefones se destinaram aos 20,6 milhões de novos clientes, ao mercado de reposição (cerca de 15 milhões) e aos estoques em 31/12/2005.
Em 2005 foram homologados pela Anatel 152 novos modelos de telefones celulares, sendo 97 GSM e 55 CDMA (Veja celulares Homologados). Deste total 52 são fabricados exclusivamente fora do Brasil, o que representou um aumento de 252% nas importações em 2005. Os celulares disponíveis atualmente no mercado podem ser consultados no ucel.
Diante deste quadro pergunta-se:
- Qual será a produção de telefones celulares no Brasil em 2006? Continuará crescendo?
- Como uma possível diminuição no ritmo de crescimento do celular no Brasil afetaria esta produção?
- O Brasil continua competitivo como polo exportador de telefones celulares com o atual valor de 1US$ para R$ 2,30?
- Qual o impacto no mercado de substituição de mais de 15 milhões de aparelhos por ano? A disponibilidade de aparelhos usados impactará o aumento do número de pré-pagos?
- Qual será o crecimento do celular em 2006?
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O mercado de reposição vs entrantes
Comentário de
Lucas Gollan Carreras |
Existem algumas variáveis que devem ser levadas em conta no momento de se mensurar o mercado de reposição brasileiro antes de destinar apenas 1/3 da produção de celulares para este nicho.
- Agentes multiplicadores: Em mais de 70% dos casos o consumidor que troca de aparelho celular acaba por passar o antigo para terceiros que por sua vez efetuam uma nova assinatura, porém com um aparelho usado. Este fenômeno ocorre também com aparelhos perdidos e roubados, que com a tecnologia GSM, facilitam muito a sua habilitação com outro número. São os chamados Grey e Black market que possuem expressiva participação no mercado hoje.
- Tempo de reposição: Diversos estudos conduzidos pela ACNielsen apontam o tempo médio de reposição em um patamar pouco acima dos 19 meses o que nos indica que pelo menos metade da base instalada vai trocar de aparelho no próximo ano, indicando um forte aquecimento deste segmento de compra.
- Segmento de troca: Estudos conduzidos com consumidores indicam que hoje mais de 60% das vendas de celulares são feitas por consumidores que trocam de aparelho, embora neste número também estejam sendo consideradas movimentações de troca de operadora (Churn) e de tecnologia (Overlay TDMA - GSM).
- Sinais do mercado: O freio do volume de vendas dos celulares no final de 2005 recaiu sobre o segmento low price (Até 199 reais) e também sobre o plano pré-pago, fortes variáveis que estão intimamente relacionadas com o público entrante, o que indica a opção das operadoras de buscarem a melhoria de sua base instalada, atraindo principalmente o público de troca, seduzindo clientes de outras operadoras com ofertas de aparelhos mais sofisticados e com o plano pós-pago.
Por estes e outros fatores mais, devemos aprofundar o estudo do segmento de reposição do Brasil versus os de entrantes, dada a importância deste fator na estratégia de todos fabricantes e operadoras da categoria de celulares do Brasil. Mas o que podemos afirmar seguramente, é que sua participação hoje no mercado é bem superior aos 10 milhões apontados, e o caminho a se trilhar é o de se mensurar a tendência de sua curva de crescimento em detrimento da dos entrantes (net adds) e os reflexos que isto pode provocar na categoria de celulares.
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