Atualizado em:
02/01/2008
O que acompanhar em 2009
O ano de 2008 foi bom para o setor de telecomunicações, mas a crise financeira internacional pode afetar o setor em 2009. No plano internacional a crise já aponta para uma redução do crescimento do celular e da venda de aparelhos.
No Brasil o ano começa com um novo cenário competitivo com a incorporação da Brasil Telecom (BrT) pela Oi.
Apresenta-se a seguir uma seleção das 10 principais tendências selecionadas pelo Teleco para serem acompanhadas em 2009:
- Crescimento do Celular. O cenário competitivo que levou a um crescimento recorde do celular em 2008 continuará presente em 2009. A Oi continuará agitando o mercado paulista e deve disputar mais agressivamente a Região II da BrT. Já a Claro procurará diminuir a distância que a separa da Vivo. O controle do churn será fundamental para o desempenho das operadoras. O Brasil deve terminar 2009 com uma densidade de mais de 90 cel/100 hab. Este cenário pode ser afetado, no entanto, pelos reflexos da crise financeira internacional no Brasil.
- Expansão da 3G. As operadoras devem continuar ampliando suas redes 3G no Brasil, o que deve estimular o uso da banda larga móvel através de modems. Deverá também crescer o uso de smartphones estimulando o aparecimento de novos serviços. A Anatel poderá também realizar em 2009 a licitação da Banda H e com isto colocar mais um competidor no mercado brasileiro. No entanto, é possível que a redução de investimentos esperada no mercado internacional para 2009 adie esta decisão.
- Operadores Móveis Virtuais (MVNO). Com o celular ultrapassando uma densidade de 90 cel/100 hab., parece estar chegando a hora dos MVNOs deslancharem no Brasil, a exemplo do que ocorreu em outros países do mundo.
- Receita do celular ultrapassa a do fixo. A receita das operadoras de celular vem crescendo mais que a das operadoras de telefonia fixa (incluindo banda larga). Em 2009 a receita do celular pode ultrapassar a das operadoras de telefonia fixa.
- Crescimento da Telefonia Fixa. A quantidade de acessos fixos em serviço deve manter a tendência de crescimento em 2009, principalmente pela ação de empresas autorizadas, como Embratel e GVT, e pela utilização de tecnologias wireless e VOIP. O crescimento da banda larga continuará sendo o foco das operadoras de telefonia fixa visando o crescimento de receita.
- WiMAX. Aguarda-se para 2009 a licitação de frequências de WiMAX (3,5GHz) no Brasil o que pode ser mais um estimulador para o crescimento da banda larga.
- Portabilidade numérica. A portabilidade numérica chegou ao Brasil em 2008. Até março de 2009 ela estará disponível em todo o país, A utilização da portabilidade ainda é pequena, mas seus efeitos já se fazem sentir, principalmente na telefonia fixa. No celular ela será o grande trunfo para conquista de clientes.
- Consolidação das Operadoras. Com a decisão da Telecom Italia de manter o controle da Tim Brasil, não são esperados grandes movimentos de consolidação em 2009. Existem, no entanto, algumas empresas que podem ser alvo de aquisição como a GVT e a Intelig.
- Triple Play. Com a convergência, as operadoras estão focando cada vez mais em pacotes triple play (Fixo, banda larga e TV por Assinatura). Pode ajudar neste processo a concretização em 2009 de mudanças na regulamentação da TV a cabo, previstas no PL 29, que não aconteceram em 2008.
- TV Digital. Não há sinais de que 2009 será muito diferente de 2008 para a TV Digital. O número de cidades com o serviço disponível deve aumentar, mas ela deve continuar enfrentando problemas de cobertura, pouca programação e o alto preço dos conversores.
Diante deste quadro pergunta-se:
- Como a crise financeira internacional irá afetar o setor de telecom no Brasil?
- A Nextel irá adquirir uma licença de 3G?
- A
licitação de Wimax irá ocorrer
em 2009?
- A
portabilidade numérica será um fator de
competição para o mercado de telecomunicações,
tanto na telefonia fixa como na celular?
Comente! |
Para enviar sua opinião para
publicação como comentário
a esta matéria para nosso site, clique aqui!
Nota: As informações expressadas nos artigos publicados
nesta seção são de responsabilidade
exclusiva do autor. |