Atualizado em:
'10/11/13
Qual a prioridade das operadoras de celular: Crescer em receita ou em market share?
O Brasil apresentou em setembro adições líquidas de celulares negativas (-174 mil). Isto não ocorria desde 2006, quando a Vivo decidiu migrar para o GSM e promoveu um ajuste em sua base.
As adições líquidas negativas em Set/13 não chegam a surpreender. São fruto de um processo de ajuste que as operadoras estão promovendo em sua base pré-paga, seja pelo desligamento dos inativos, seja pela migração para o pós-pago.
O líder em adições líquidas totais em Set/13 foi a Claro, única operadora a apresentar adições líquidas positivas de pré-pago no mês.
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O quadro das adições líquidas acumuladas nos últimos 12 meses apresenta um perfil semelhante ao de Set/13:
- Claro lidera em adições líquidas totais e de pré-pago
- Vivo apresenta adições líquidas negativas no total de celulares e no pré-pago, mas lidera em pós-pago.
A diferença principal é que TIM e Oi também apresentaram adições líquidas negativas de pré-pago no mês de setembro.
Este quadro reflete as diferentes estratégias adotadas pelas operadoras:
- A Vivo adotou nos últimos 12 meses uma estratégia de ajuste de sua base pré-paga, reduzindo o prazo para desligamento de celulares inativos e promovendo uma migração de clientes pré-pagos para planos controle do pós-pago. Como consequência apresentou adições líquidas negativas no período e perdeu market share.
- A Claro parece ter seguido caminho diverso, liderando o crescimento pré-pago e ganhando market share no total de celulares.
Qual das duas estratégias apresentou melhor resultado?
Nota: A Oi não havia divulgado seus resultados para o 3T13 quando da publicação deste comentário.
Quando se compara a quantidade de celulares e a receita líquida de serviço dessas operadoras no 3º trimestre de 2013 (3T13) com a do 3T12, nota-se que:
- A Claro apresentou o maior crescimento da base de celulares, mas sua receita líquida de serviços cresceu menos que a da Vivo e a da TIM.
- A Vivo apresentou o maior crescimento da receita de serviços, apesar de crescimento negativo na sua base de celulares.
- A TIM apresentou um resultado mais equilibrado entre crescimento da base e da receita, mas parece estar caminhando para uma estratégia mais próxima da Vivo do que da Claro.
Estes resultados parecem indicar que, tendo o Brasil atingido uma densidade superior a 130 cel/100 hab., o crescimento da base de celulares deixou de ser a principal alavanca para o crescimento da receita das operadoras de celular.
Diante deste quadro pergunta-se:
- Qual a prioridade das operadoras de celular do Brasil? Crescimento da receita ou do market share?
- Claro, TIM e Oi devem adotar o mesmo critério de desligamento de pré-pago que a Vivo?
- A liderança em market share de celulares deixou de ser importante?
- Como a qualidade da rede influenciará as diferentes estratégias? E a oferta de de 3G e 4G?
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