Atualizado em:
13/04/2014
O desempenho da Telefônica/Vivo nos últimos cinco anos
A receita líquida do Grupo Telefônica/Vivo apresentou um crescimento médio anual (CAGR) de 1,78% nos últimos cinco anos.
Enquanto a receita líquida da Vivo no móvel cresceu em média 7,8% neste período, a receita do segmento fixo apresentou um crescimento negativo (-6,0%).
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Neste período o Grupo perdeu market share nos serviços fixos e móveis.
Market Share da Vivo |
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
Telefones Fixos |
29,8% |
29,7% |
29,7% |
29,5% |
29,1% |
28,5% |
Banda Larga Fixa |
28,3% |
27,1% |
26,9% |
25,5% |
23,9% |
23,0% |
Celular |
25,5% |
23,2% |
24,0% |
22,2% |
19,7% |
18,4% |
TV por Assinatura |
7,5% |
8,6% |
6,5% |
5,4% |
3,7% |
3,3% |
Total de acessos |
28,6% |
28,2% |
28,1% |
27,6% |
26,6% |
26,0% |
No entanto, a perda de market share no móvel foi menor que no fixo e está associada a uma política mais restritiva de desligamento de celulares pré-pagos.
A partir de 2008, a Vivo passou a ganhar market share em pós-pago e perder no pré-pago. Este processo se acentuou em 2013, quando a Vivo passou a a estimular mais ativamente uma migração de clientes pré-pagos para os planos controle do pós-pago.
Este movimento, juntamente com o crescimento da receita de dados, estimulado pelos investimentos em 3G feitos pela operadora, contribuiu para o crescimento da receita móvel da Vivo no período que passou de R$ 15,8 bilhões para R$ 23,0 bilhões.
No segmento fixo a perda de market share pode ser explicada, em parte, pelo fato do Grupo só disputar efetivamente este segmento no estado de São Paulo.
A perda de acessos e receita na telefonia fixa já era esperada. O crescimento em banda larga fixa e TV por assinatura não tem sido suficiente, no entanto, para compensar esta perda.
O crescimento da Vivo em banda larga fixa depende da velocidade de implantação de sua rede de fibra até a residência (FTTH), essencial para competir com NET e GVT que oferecem velocidades de acesso mais altas que as da rede ADSL. No final de 2013, apenas 5,2% dos acessos banda larga fixa da operadora eram FTTH.
A operadora, que possui baixo endividamento, tem preservado sua rentabilidade. Apesar de sua margem EBITDA ter apresentado queda em 2013, seu lucro líquido (R$ 3,7 bilhões) e Capex (5,5 bilhões) se mantiveram próximos da média dos últimos anos.
R$ milhões |
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
Receita Líquida |
31.797 |
32.443 |
31.471 |
33.171 |
33.920 |
34.722 |
EBITDA |
11.423 |
11.128 |
11.311 |
12.035 |
12.702,7 |
10.576 |
Margem EBITDA |
35,9% |
34,3% |
35,9% |
36,3% |
37,4% |
30,5% |
Lucro Líquido |
2.810 |
3.082 |
4.293 |
5.072 |
4.452 |
3.716 |
Divida Liquida |
7.239 |
5.099 |
2.096 |
3.165 |
473,2 |
1.800 |
Capex |
5.139 |
4.551 |
4.930 |
4.929 |
5.067 |
5.582 |
Diante deste cenário pergunta-se:
- A Vivo deve continuar privilegiando o crescimento do pós-pago?
- Como a revisão dos contratos de concessão da telefonia fixa influencia este quadro?
- Como a Telefônica/Vivo pode acelerar seu programa de FTTH?
- Como comparar o desempenho da Telefonica/ Vivo com as demais operadoras do Brasil?
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